Por problemas técnicos (O cenário não chegou a tempo) o grupo AMOK irá apresentar o espetáculo Cartas de Rodez.
O espetáculo Cartas de Rodez é uma seleção de cartas do ator, poeta e dramaturgo francês Antonin Artaud à seu psiquiatra, Doutor Ferdière, durante o período em que esteve internado como louco no manicômio de Rodez, de 1943 a 1946.
As cartas são um diálogo desesperado de Artaud com seu médico e, através dele, com toda a sociedade.
No espetáculo, não procuramos imitar Artaud nem nos separar completamente dele. Trata-se de uma transposição para a cena do poeta e de sua situação.
A construção deste espetáculo nos levou a estabelecer um diálogo teatral entre Antonin Artaud e Etienne Decroux: dois homens pertencentes à mesma geração, que romperam com seus predecessores e fundaram o trabalho do ator sobre uma ciência precisa e rigorosa do corpo. Quisemos confrontar suas pesquisas, suas visões, imaginar o ator como um hieróglifo animado, desenhando o espaço com seus gestos e golpeando forte o ar com o sopro.
Cartas de Rodez estreou em 1998 no Instituto Philipe Pinel no Rio de Janeiro e recebeu o prêmio Shell de Teatro de melhor direção para Ana Teixeira e melhor ator para Stephane Brodt.
O espetáculo recebeu também o prêmio Mambembe de melhor espetáculo, além da indicação de melhor direção para Ana Teixeira.
Kabul é um espetáculo sobre a guerra vista através da intimidade de dois casais que refletem o martírio de uma nação traumatizada por vinte anos de violência e entregue à tirania dos fundamentalistas. Quatro rostos da guerra, quatro retratos de um Afeganistão visto de dentro das casas, por detrás das cortinas.
Kabul é uma criação que partiu de duas fontes: um livro, “As Andorinhas de Cabul” do escritor argelino Yasmina Kadra e uma imagem real, uma mulher coberta com uma burca azul, sendo executada publicamente no estádio de Cabul, em novembro de 1999. Esta imagem, feita a partir de um celular, correu o mundo e revelou um fato tão cruel quanto distante.
Decidimos aproximar e ir além da imagem que desaparece no instante seguinte da notícia. Quem poderia ser a mulher por debaixo daquela burca? Qual o seu rosto? Qual a sua história? Levantar o véu… O que contamos em Kabul poderia ser a história desta mulher.
Kabul é um mergulho na alma humana para investigar o que resta quando perdemos toda a esperança. Um mergulho nas mentes e nos corações de seres em busca de dignidade e de humanidade confiscadas por décadas de violência. Para além das fronteiras geográficas ou culturais, o que está em foco é o homem diante da violência de sua época.
Kabul recebeu o Prêmio APTR na categoria especial, pela música composta por Beto Lemos.
Serviço:
AMOK | RIO DE JANEIRO – RJ
Sexta-feira 27/05 – 21h
Teatro Barreto Junior – Pina
Faixa etária 12 anos
Gênero drama
Duração 75min
R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Ficha técnica
Direção, texto e concepção Ana Teixeira e Stephane Brodt / Elenco Stephane Brodt, Kely Brito, Bruce Araujo e Fabianna de Mello e Souza, em alternância com Márcia do Valle / Figurino Stephane Brodt / Cenário Ana Teixeira / Música Beto Lemos (criação e interpretação), em alternância com Rudá Brauns (tocando santour, tombak, saz kumbuz, daf, kamantché) / Iluminação Renato Machado / Operador de luz Rodrigo Maciel / Costureira Dora Pinheiro / Fotografia Andréa Teixeira / Produção Erick Ferraz
Créditos:
http://www.sesc-pe.com.br
http://www.amokteatro.com.br
http://www.caleidoscopio.art.br
Fotos: Ana teixeira / Andrea Teixeira